HOMEOPATIA COMO ESPECIALIDADE

Maria Fermanda G. da Silva

Resumo


Introdução: Trabalho realizado no Ambulatório do Serviço de Oncologia e Hematologia da Faculdade de Medicina da Fundação ABC, em Santo André, SP. Nossa proposta foi de trabalhar com homeopatia junto à equipe multidisciplinar da instituição. Recebemos pacientes em vários estágios de tratamento, encaminhados para minimizar efeitos colaterais da medicação, tratar quadros depressivos, resistência para aceitar o tratamento, intercorrências clínicas, etc. Hoje, uma das metas do tratamento é proporcionar ao paciente qualidade de vida - aqui definida como a maneira pela qual os pacientes avaliam seu nível de funcionalidade e satisfação em relação a um padrão ideal por eles mesmos definido. Assim, sendo a homeopatia, uma terapêutica de estímulo, vinha ao encontro da necessidade de tentar aliviar organismos enfraquecidos e minados pela terapêutica e procedimentos. Métodos: Acompanhamos os pacientes a cada mês - quando respondem a um questionário tipo antes ou depois do medicamento homeopático - ou sempre que se fez necessário. No diaanterior à quimioterapia era iniciada a tomada de Phosphorus 12c. Na eventualidade de sintomas colaterais compatíveis, Arsenicum album 30c era ministrado até a melhora clínica. Resultados: É certo que a procura, a continuidade e o compromisso do paciente com a homeopatia, são sinais de eficácia do tratamento. Durante o processo, os pacientes falaram de si, da sua família, da sua vida, suas expectativas e planos, mais conscientes de si, do seu corpo e da sua doença e, ao mesmo tempo, sentindo-se melhor fisicamente.Conclusões: Alguns autores homeopatas afirmam que o cancerinismo representa uma condição de não resposta, porque a capacidade de autorregulação da unidade psicofuncional se encontra comprometida. Outros se propõem a tratar a doença apenas com a homeopatia. Aqui fazemos parte de uma equipe multidisciplinar que trata uma doença crônica (câncer). É a homeopatia que faz a diferença quando encontramos e reunimos os pedaços do nosso paciente enfraquecido e desesperançado com a sua doença.

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ISSN: 2175-3105