ABORDAGEM HOMEOPÁTICA DE UMA CRIANÇA PORTADORA DE ICTIOSE TIPO ARLEQUIM

Sabrina G.M. de Oliveira, Valéria A.G. Martins, Gabriela M. Rabello, Mônica Beier, Ítalo M.B. Astoni Júnior

Resumo


A ictiose tipo arlequim (HI) é uma doença rara, de herança autossômica recessiva e é a forma mais grave de ictiose. Sua incidência é quase 1/3.000.000 nascidos vivos. A doença pode ser letal ao nascimento e quando os pacientes sobrevivem, é até por 3 meses, comumente falecendo por sepse ou insuficiência respiratória. A maioria dos bebês afetados são prematuros. Um bebê do sexo masculino, que nasceu no Hospital Regional Público de Betim, foi diagnosticado com HI através do quadro clínico característico. Nos últimos 13 anos, estefoi o único caso internado na UTI desse hospital. A criança nasceu com 36 semanas de gestação. Os pais não eram consanguíneos e desconheciam casos de doenças de pele nos antepassados. O filho mais velho não apresentou a enfermidade. Logo ao nascer, observou-se que a pele do bebê apresentava hiperceratose, com escamas espessas e amareladas, tipo placas, separadas por fissuras profundas, lábio proeminente, ectrópio bilateral, achatamento das orelhas, mãos e pés fusionados. O paciente recebeu cuidados na unidade neonatal de alto risco pediátrica e após 36 dias de cuidados intensivos, recebeu alta hospitalar. Passados 27 dias em sua casa, foi readmitido na UTI neonatal com pneumonia e insuficiência respiratória. No momento da alta, foi disponibilizado tratamento homeopático, que foi bem aceito pela família, não optando pelo tratamento convencional para HI. O caso foi conduzido edocumentado através de registros fotográficos de sua evolução. Dentre os medicamentos usados, Causticum foi o que mostrou melhor auxílio à saúde. Observou-se melhora no aspecto geral da pele, redução do odor, diminuição da descamação, do eritema e do prurido, com bom crescimento e desenvolvimento da criança. Atualmente, a criança está com 1 ano e 9 meses de vida e permanece sob acompanhamento homeopático. Sua evolução é muitosatisfatória, observando-se pequeno número de complicações e intervenções da medicina convencional, apesar da grande incidência de infecção de pele e infecções pulmonares na maioria dos pacientes portadores desta enfermidade. Conclui-se que o tratamento homeopático deve ser uma opção para auxiliar a saúde de crianças com HI.

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