NOVOS MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS: USO DO ESTROGÊNIO DINAMIZADO NO TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE

Marcus Zulian Teixeira

Resumo


Introdução: A endometriose é uma síndrome de prevalência significativa em mulheres jovens, que traz quadro clínico de resolução complexa e necessita de tratamento hormonal contínuo por longos períodos. Mesmo assim, um grupo de pacientes mostra-se refratário aos efeitos das drogas convencionais, sem apresentar alívio para seus transtornos, estando na dor pélvica crônica a principal queixa. Em vista destes aspectos, torna-se importante a busca por outras abordagens que atuem de forma adjuvante e complementar ao arsenal terapêutico existente, estando na homeopatia uma alternativa segura e de baixo custo. Método: Neste projeto de pós-doutorado em desenvolvimento no Setor de Endometriose da Divisão de Clínica Ginecológica do HC-FMUSP (aprovado pela CAPPesq), seguindo a dinâmica proposta na abordagem “Novos Medicamentos Homeopáticos: uso dos fármacos modernos segundo o princípio da similitude” [1-4], estamos realizando um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e placebo-controlado de médio prazo (6 meses) administrando o ‘estrogênio dinamizado’ (17- beta estradiol, nas dinamizações 12, 18 e 24cH, fornecido pela Farmácia Sensitiva) ou o ‘placebo’ a 50 pacientes portadoras de dor pélvica crônica refratárias à terapêutica hormonal convencional, avaliando a efetividade global (mental, geral e física) da proposta através de diversos instrumentos validados pela metodologia de pesquisa moderna (Inventário de Depressão de Beck, Inventário de Ansiedade de Beck, Questionário de Qualidade de Vida SF-36 e Escala Visual Analógica de Dor), aspectos que permitirão a análise da resposta, os ajustes e a possível reprodutibilidade do método. Resultados: Ao invés da individualização de cada paciente perante um grande número de medicamentos estipulada pela abordagem homeopática clássica, estamos propondo neste projeto a individualização das pacientes perante um único ‘fármaco moderno’ (17-beta estradiol), que apresenta em suas manifestaçõespatogenéticas um conjunto de características (sinais e sintomas) bastante semelhante à “síndrome do climatério” (depressão, ansiedade, insônia, enxaqueca, rinossinusite, proliferação endometrial, dismenorreia, dispareunia, etc.). Após esta individualização sintomática ‘antecipada’ das pacientes perante a totalidade de manifestações patogenéticas do ‘estrogênio’, executamos o ensaio randomizado e controlado por placebo, para testar a eficácia desta intervenção medicamentosa. Conclusões: Com este projeto, estamos iniciando apesquisa clínica que poderá vir a fundamentar a referida proposta.

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ISSN: 2175-3105