REFLEXÕES ÉTICAS SOBRE A AUTO-EXPERIMENTAÇÃO DE MOLYBDENIUM METALLICUM E SUA APLICAÇÃO CLÍNICA
Resumo
Os melhores experimentos dos efeitos puros dos medicamentos simples são aqueles realizados pelo próprio médico em regime de auto-experimentação [1]. Os cuidados foram determinados por S. Hahnemann que indicou o uso de doses infinitesimais enquanto potência medicamentosa [1]. É deste modo que o médico percebe em si mesmo os sintomas do fármaco e obtém certeza em relação aos efeitos. Tudo o que se registra durante a autopatogenesia sedeve a manifestação da natureza individual do provando. As manifestações despertadas do psiquismo e do modo de pensar de cada um denomina-se memória sintética, obtida através da experimentação [1]. O conhecimento obtido por este método deve ser usado na clínica sem preconceitos, desde que baseado no princípio de semelhança. Objetivando-se contribuir para que auto-experimentações interessem mais à pesquisa patogenética no que diz respeito a sua abordagem ética, realizou-se uma prova de uma dose única de 1 glóbulo na diluição 30cH de Molybdenium metallicum, onde o provador disponibilizou os seguintes sintomas, dentre outros: pela manhã ao despertar, em estado de semiconsciência tive uma ideia de propulsão ligada ao esquecimento; sensação que estou mais desprendida, mais solta; muito magoada com um compromisso que marquei com uma amiga e ela desmarcou. O caso evocativo destamemória sintética foi reconhecido por uma paciente portadora de hipotireoidismo, afetada pela tranquilidade do esposo, sem poder esgotar um assunto e deixar coisas pendentes; ela gostava de resolver tudo logo e por isso ficava remoendo as coisas que não se resolviam; quando criava uma expectativa e não acontecia ficava frustrada. Após uma dose única deMolybdenium metallicum 30cH, a paciente experimentou ampliação de consciência de virtude, mudanças reativas, melhora sintomática e exercícios de vitalidade, deixando de usar o hormônio de reposição tireóidea. Conclui-se que através da auto-experimentação permite-se a cada provando reconhecer, a seu modo, o necessário e o suficiente sobre o poder curativo das substâncias medicamentosas simples e o uso na sua clínica deve ser desprovido de preconceitos.
Texto completo:
PDFDireitos autorais 2015 Mônica Beier, Antônio C.G. da Cruz, Juliana L. de Araújo, Maria F. Vieira, Soraida P. Peixoto

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
ISSN: 2175-3105